Ontem, Domingo, acordei cedo e fui mostrar alguma coisa da fita da caminhada para o meu Pai. \"Seu Antonio Marin\". Entre outras coisas ele disse que tem guardada a primeira camiseta que foi feita pela família. Que o Edison tá mais gordinho (parecendo o Dirceu) e que em uma das ocasiões em que foram para Caieiras e caminharam da estação de trem até o sítio, a Tia Anita carregou o Ariovaldo por todo o caminho e embora as mulheres da família pedissem, não entregou o Ariovaldo para ninguém. O Tio Bartho namorava a Tia Nair e a Tia Mariquinha namorava o Tio Espinosa. Meu Pai sempre fala com orgulho e carinho dos sobrinhos.
Toda vez que chego na Claudino Alves, 26 recordo-me da primeira vez que consigo lembrar de ter ido lá. Na casa dos meus Avós. Eu tinha 7 anos.
Do Vô Bartholomeu sentado na cadeira de vime e da Vó se apoiando nas coisas para andar.
Ai me vem o cheiro da casa, a televisão que abria as portas, o telefone preto, a escrivaninha e a máquina de escrever. Aquele carrão azul com bancos que pareciam potrona. Foi neste dia, também, que estive pela primeira vez em Caieiras. Foram 16, entre adultos e crianças dentro do FORD 36. Cheguei em Caieiras e uma senhora pequininha nos recebeu toda carinhosa. Eu vi a vó Isabel e a Senhorinha se abraçarem e conversarem um montão. Conheci muita gente e fui na venda onde fiquei atrás do balcão \"vendendo\" e o Tio Raimundo pediu para pegar um litro de vinagre e entregar ao freguês. Me senti o máximo.
Infelizmente não tive um convívio maior com a família na infância, mas só tenho boas recordações.
Quando mudamos de Santa Adélia para Santana estava com 16 anos e com o tempo fui conhecendo os primos da minha idade. Vieram os encontros na casa do Tio André e o contato com a turma de Caireiras. Pulava carnaval no salão da cidade, voltava de trem de manhã para trabalhar e retornava a tarde de trem para pular no mesmo dia. Eu aguentava!
Hoje, completo 50 anos, e a caminhada de ontem é mais um acontecimento que ficará guardado na minha mente e no meu coração.
Nesta caminhada eu tive a força do André, Pai do Bartholomeu, do Bartholomeu e de todos que nos protegeram lá de cima. Que fizeram o clima ser o melhor, que fizeram todos chegarem felizes e que nos propiciaram viver este dia maravilhoso em família.
Caieiras para mim é a verdadeira SHANGRI-LA. Onde as pessoas vivem muito!!!!.... onde a felicidade está nas coisas simples... e onde sempre se encontra um sorriso... um carinho.
A Senhora pequininha continua lá...ENORME...FORTE...GUERREIRA!!!
O Tio Alcides falou \"Nós viemos para ficar uns 3 anos...\"
A Vó Pilar respondeu \"Tá bom...Tá bom Filho...\" com uma doçura que me fez ter 7 anos de novo e me sentir tão aconchegante como se estivesse no seu colo.
Eu quero agradecer a todos! Pela participação, pela presença, pela acolhida!
Em especial o Miltinho. Ele falou eu Tópo... e tudo começou... e cuidou prá tudo dar certo... e andou junto com aqueles para os quais o desafio foi maior.... e todos venceram!!!!!
Ao Ariovaldo e ao Edison. Vocês são o motorzão desta família e tem o AMOR como combustivel. Ao Tio Alcides... o Alcimar... ao Flávio... à Anita... à Ednéia... ao Toninho.
Ao Tio Gildo e Tia Lourdes.. a Salete... o Arildo.. a Sandra e o Adélio... enfim... a TODOS que contribuiram para este lindo evento... este lindo presente... para mim o melhor presente de 50 anos.
- Bidú
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